sobre

Pedro Salles

Nasceu em 1972, Aveiro, Portugal.

Actualmente vive e trabalha em Aveiro.

Entre 2004 e 2016 viveu e trabalhou entre Madrid, Berlin e Oliveira do Hospital.

Iniciou os estudos artísticos no liceu José Estêvão em Aveiro, Gulbenkian-Acav e Arca-Etac; BA na FBAP e MA na Academy of Art University, S.F. California, E.U.A.

Expõe desde a década de 90 entre espaços expositivos "convencionais", e espaços mais "alternativos", buscando incessante a aproximação das suas obras a um público mais geral e chegar a circuitos menos comuns, fora de regras, ainda tão presentes no restrito meio artístico.

Expos em Portugal, Europa, Brasil, Ásia, e está representado em várias coleções privadas, públicas e estatais.

Para Pedro Salles, a arte, a vida, a morte e o universo onde vivemos, são indissociáveis. O artista trabalha idiossincraticamente sobre questões pessoais, experiências de vida, traumas, excitações, desejos, visões, por vezes o nada; fala sobre a condição humana, o interior dos nossos corpos, a vida do e no planeta Terra, o seu rápido adoecer consequência das conscientes agressões humanas. O artista gosta de olhar para cada uma das suas pinturas como um pedaço de paisagem, afinal tudo que observamos é uma paisagem, até mesmo o interior dos corpos humanos, até mesmo o nada.

O Salles desloca, dobra, reconstrói, cura e fixa o espaço nas suas obras. São o seu estado mental e físico, o seu corpo. As suas pinturas, de grandes ou pequenas dimensões, são camadas sobre camadas sobre camadas, uma feita depois da outra, outra e outra. Pelo meio, a tinta desliza num caminho livre propositado, jactos de diluente e água controlam-na. Acidentes que deixa acontecer e permanecer. Manchas, linhas, faixas de pigmentos brilhantes e mate, saturados com uma fisicalidade carregada, expressas em superfícies fortemente táteis, ásperas. Golpes cortados que se cruzam para a frente e para trás com força visceral, sobreposições, tudo acontece num misto deliberado de acaso e diretriz apontada pela vontade do artista. As composições carregam movimentos desenfreados, até mesmo violentos, submetendo deliberadamente as suas pinturas a fadiga e ao trabalho "bruto", imprimindo assim força às emoções, acutilância à mensagem. No final, aqui e ali, a tinta escavada revela as primeiras camadas como se descobríssemos o que inicialmente foi escondido. Vigor gestual, gestos de debulha ecoam, a paleta frenética encontra ressonância no abstracionismo maduro de Pedro Salles.

Pinturas em constante evolução, permanentemente vivas e mutáveis, que nunca parecem terminadas. Fortemente físicas indiciam avisos, alertas, gritos, como se ontem já tivesse sido tarde.

A única regra para o Pedro Salles é a sua vontade de estar sempre a criar, o artista nunca pode descansar.

E. Fenkelstein, Art-Director

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